A Última Ceia: Amor e Traição

                                    

Vamos viver um pouco, de forma emocionante, tensa e reflexiva, a última ceia!!!

História com poesia poética!!!

Era noite em Jerusalém. As ruas começavam a se acalmar,

mas naquele cenáculo, um quarto simples no alto de uma casa, um momento extraordinário estava prestes a acontecer. Os discípulos, doze homens simples, sentavam-se ao redor de uma mesa, seus corações aquecidos pela presença do Mestre que tanto amavam. Jesus estava ali, com um olhar sereno e profundo, como quem sabe que o tempo está se esgotando, mas ainda há algo grandioso a dizer.

A alegria pairava no ar. Era Páscoa, e eles estavam reunidos como uma família. Entre o partir do pão e o vinho compartilhado, risos leves brotavam, lembranças de milagres, curas e parábolas contadas à beira do mar. Pedro lembrava da pesca milagrosa, João sorria ao se recordar de quando Jesus acalmou a tempestade. Havia gratidão e afeto. Eles não eram apenas discípulos — eram irmãos.

Então, Jesus se levantou. Pegou uma bacia com água e, em um gesto que os deixou confusos e comovidos, começou a lavar os pés de cada um deles. Aquele que era o Senhor, o Filho do Deus Altíssimo, se curvava diante deles com humildade. Pedro quase protestou, mas Jesus lhe disse: "Se eu não te lavar, não terás parte comigo." As palavras soaram como um sussurro que ecoava dentro deles. Ali estava o coração de Deus, ajoelhado, servindo.

Quando voltou à mesa, Jesus falou com uma ternura que prendeu a atenção de todos:
"Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei."

O silêncio se fez. Um novo mandamento. Não apenas amar como se ama a si mesmo, mas amar como Ele os amou — com entrega, com perdão, com sacrifício. João sentiu os olhos marejarem. Mateus olhava fixamente para Jesus, tentando guardar cada palavra como um tesouro eterno.

Mas então, o clima mudou.

"Em verdade vos digo: um de vós me trairá."

A mesa que antes era cheia de alegria se tornou um lugar de tensão. Olhavam-se, confusos, inquietos. "Sou eu, Senhor?", perguntavam um a um. Um peso caiu sobre seus corações. Como alguém ali, entre eles, poderia trair aquele que os amava com tamanha profundidade?

Jesus deu um pedaço de pão molhado a Judas Iscariotes. Nesse gesto, o silêncio se tornou ensurdecedor. Judas levantou-se e saiu. A noite, lá fora, parecia mais escura do que nunca.

Mas dentro daquela sala, a luz ainda brilhava. Jesus olhou para os onze que restavam e, mesmo sabendo da dor que viria, falou de esperança, de paz, e de um amor que venceria o mundo.