Judas era um homem como qualquer outro. Tinha sonhos, dúvidas, medos e um coração dividido entre o que queria e o que sabia ser certo. Ele caminhava com Jesus, ouvia Suas
palavras, via os milagres, mas algo dentro dele ainda buscava mais — mais segurança, mais reconhecimento, mais controle.Certa noite, enquanto o vento
soprava sobre os telhados de Jerusalém, Judas tomou sua decisão. Foi até os
líderes religiosos e perguntou:
— O que me darão se eu
entregar Jesus a vocês?
Deram-lhe trinta moedas de
prata.
Naquela noite, Judas segurou o
brilho metálico do pagamento em suas mãos como quem segura um espelho. As
moedas reluziam como promessas, mas pesavam como correntes.
Na escuridão do Getsêmani, ele
beijou o Mestre — não por amor, mas por ganância, medo e confusão. E Jesus, com
olhos cheios de dor e misericórdia, olhou para ele e disse:
— Amigo, a que vieste?
Depois disso, a história é
conhecida. Judas se arrependeu, mas em seu desespero, não acreditou que havia
perdão para ele. Lançou fora as moedas, como quem tenta se livrar do próprio
coração, mas não buscou a graça que Jesus oferecia até o fim.
E nós?
Quantas vezes trocamos Jesus
por "trinta moedas"?
Às vezes é orgulho.
Às vezes é um prazer
momentâneo.
Às vezes é a aprovação de
alguém, ou o medo de perder algo.
Trocamos o eterno pelo
passageiro.
Mas diferente de Judas, nós
ainda temos tempo.
Tempo para reconhecer o erro.
Tempo para voltar.
Tempo para olhar nos olhos
dEle e ouvir:
— Ainda te amo. Vem, recomeça
comigo.
Moral da história:
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