“Depois de atravessarem o mar, chegaram a Genesaré e ali amarraram o barco. Logo que desembarcaram, o povo reconheceu Jesus. Eles percorriam toda aquela região e levavam os doentes em macas, para onde ouviam que ele estava. E aonde quer que ele fosse, povoados, cidades ou campos, levavam os doentes para as praças. Suplicavam-lhe que pudessem pelo menos tocar na borda do seu manto; e todos os que nele tocavam eram curados.” (Marcos 6:53-56).”
O povo buscava por cura, libertação
e uma vida fácil, como nos dias de hoje. Por ser Deus e ao mesmo tempo Homem
perfeito e sem pecado, ele não adoecia e nem podia morrer, a menos que
entregasse sua vida como faria depois na cruz. (João 3:16) Até tocar o seu manto curava, tamanho o poder que
emanava daquele Ser. (Mateus 9:18-26)
Atualmente muitos são
enganados ao acreditarem que aquelas manifestações de cura e libertação do
próprio Jesus possam ser repetidas com hora marcada por homens comuns. Satanás
é “mentiroso e pai da mentira” (João
8:44), e mestre em disfarces e imitações. No Éden ele se travestiu de
serpente para enganar Eva, numa época quando a serpente não tinha as
características que passou a ter após a queda. Ali ela era chamada de “o
mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito” (Genesis 3:1).
Como tudo no Jardim do Éden
era muito novo, Eva nem se espantou ao encontrar um animal falante, numa época
quando o diabo ainda não terceirizava para seres humanos o trabalho sujo. Ela
ingenuamente correspondeu e foi enganada. Muitos hoje fazem o mesmo quando dão
ouvidos a demônios travestidos de espíritos humanos nas sessões de espiritismo
ou experiências paranormais, e até mesmo em algumas igrejas neopentecostais acreditando
nos falsos profetas, são abundantes nos púlpitos da cristandade, dizendo que
pode curar, libertar e liberar bênçãos financeiras, bastando usar as palavras:
“eu ordeno, eu profetizo, eu não aceito”
Porém, “o Espírito diz
claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos
enganadores e doutrinas de demônios. Tais ensinamentos vêm de homens hipócritas
e mentirosos, que têm a consciência cauterizada por esse mundo... Como Janes e
Jambres se opuseram a Moisés, esses também resistem à verdade. A mente deles é
depravada; são reprovados na fé.” (1º
Timóteo 4:1-2; 2º Timóteo 3:8).
Como saber se alguém é um
seguidor genuíno ou fã de Jesus?
Antes de tudo, há uma história
que vi em uma das meditações do devocional, de Charles Blondin, famoso
equilibrista francês. Sua competência, graça e originalidade na composição de
seus atos, fizeram dele um artista muito popular. Em 1855, Blondin foi para os
Estados Unidos, e ficou trabalhando em Nova Iorque. Um dia, teve a ideia de
fazer a travessia das Cataratas do Niágara, na fronteira com o Canadá. Ele
atravessaria sobre o abismo, de 50 m de altura, numa corda bamba, de 340 metros
de comprimento. Assim, no dia 30 de junho de 1859, fez a primeira de várias
travessias, sempre com diferentes variações teatrais: de olhos vendados, dentro
de um saco, empurrando um carrinho de mão, levando um homem nas costas (seu
empresário, Harry Colcord), sentando-se no meio da travessia enquanto cozinhava
e comia uma omelete e em pé em uma cadeira com apenas uma perna da cadeira na
corda.
Contam que um dia ele se virou
para o grande público, que incluía repórteres de vários jornais, e lhes
perguntou: “Quantos creem que eu posso atravessar essa corda bamba sobre as
Cataratas empurrando um carrinho de mão?”
As pessoas aplaudiram
ruidosamente. Vendo o que ele já havia feito, tinham certeza de que o grande
Blondin poderia fazê-lo.
Então ele perguntou: “Quantos
creem que eu posso empurrar um carrinho de mão até o outro lado da corda bamba
com uma pessoa dentro dele?”
Houve nova manifestação
efusiva da multidão.
Blondin então apontou para um
dos homens mais entusiasmados da plateia, e disse: “Tudo bem, o senhor aí; pode
entrar no carrinho de mão?”.
Nem é preciso dizer que o
homem desapareceu do cenário.
Estrelas da TV e do cinema,
jogadores e heróis têm seus fãs. Às vezes, esses fãs assistem ao espetáculo em
que seus ídolos se apresentam. Fora isso, nenhum compromisso.
Conhecemos pessoas que são fãs
de Jesus, mas nunca elevam seu nível de
compromisso com Ele.
Permanecem apenas como fãs. Há muitos que visitam
nossas igrejas e ficam
maravilhados, se desdobram em elogios.
“Que ensinamentos bonitos
vocês têm! Como seria se mais gente soubesse disso!
Que música inspiradora!
Senti-me perto do céu!” “Os anjos estavam cantando
com vocês!” Outros dizem:
“Gente, era isso que eu estava precisando.
Eu quero conhecer mais.” “Que
peça sensacional, falou fundo comigo no final."
Mas, na hora de decidir, de
fazer Jesus o seu Senhor, deixar de ser fã para se tornar seguidor,
muitos nesse momento vacilam. Fãs
ou seguidores de Jesus?
O próprio Jesus disse: “Se
alguém quiser acompanhar-Me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e
siga-Me” (Lucas 9:23).
A primeira fase do ministério
de Jesus, na Galiléia, foi um sucesso. Logo que expulsou aquele demônio, na
Sinagoga de Cafarnaum, sua fama se espalhou por toda a região. São lugares
muito próximos de onde o Senhor fez o Sermão das Bem-Aventuranças, multiplicou
os pães, promoveu uma pesca milagrosa, chamou os apóstolos, fez curas, sinais e
prodígios. Ele tinha muita fama e muitos fãs. Mas, sua mensagem e missão não se
resumia em resolver os problemas do “aqui e agora”. Logo, Cristo percebeu que o
Reino de Deus não poderia ser instaurado com admiradores. O fã, no fundo, é um
fanático! Eles não queriam um Salvador. Queriam apenas um ídolo humano que
resolvesse os problemas econômicos, sociais e políticos daquela região. Jesus
tinha uma missão maior que incluía a cruz, o amor, a doação, a salvação do
mundo inteiro. Para isso, Ele não escolheu fãs, escolheu seguidores, escolheu discípulos!
Quando Suas palavras começaram
a falar de cruz ao invés de luz; de pão da vida ao invés de pão da terra; de
renúncia em vez de prosperidade, os fãs foram embora. Ele reuniu seu grupo mais
íntimo de amigos, os discípulos, e disse: “Vocês também querem ir embora?”.
Pedro tomou a palavra e disse: “A quem iríamos nós, se só Tu tens palavras de
vida eterna?”. Acertou em cheio. O verdadeiro discípulo é aquele que vê “para
além do horizonte” as palavras de vida eterna, aquelas que Jesus trouxe. Onde
estavam os fãs na hora da cruz? Eles desaparecem depois do “show”.
Hoje, infelizmente, também há
muitos fãs de “líderes religiosos, de “cantores gospel”, de “livros que se autodenominam
como devocional, mas são apenas palavras coach, pra massagear o ego das
pessoas. Fãs exigem um milagre, um sucesso instantâneo, uma prosperidade rápida.
Fãs são egoístas. Não são discípulos; fãs preferem um show daquele que se denomina
“profeta” do que ler a Bíblia completa, preferem um autógrafo do que agradar a
Deus. Esses não chegarão aos pés da cruz. Fãs param no caminho, gritam
histericamente para seus ídolos como os profetas de baal no tempo do profeta Elias,
transformam religião em espetáculo, ou em entretenimento para benefício próprio.
Fãs são terrenos e discípulos são servos. Fãs não perdoam, discípulos doam sua
vida.
O fã ouve sobre Jesus, mas não
o procura. Ele parece hipnotizado pelas coisas que pode conseguir nesta vida.
Fã não ler, nem estuda a Bíblia. Se começar a raciocinar já caminha na direção
do discipulado, ou vai embora frustrado quando seus desejos não são realizados.
Se você é apenas fã, cuidado! Jesus não precisa de fãs, precisa de discípulos!
Nem todo aquele que me diz:
“Senhor, Senhor” entrará no reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade
do meu Pai, que está nos céus. (Mateus
7:21)
Nossa, que o senhor me guie quero servi-lo, a recompensa não é aqui nessa terra, em busca da coroa da vida. Obrigado irmão por esse artigo, Um despertar. Deus abençoe sua vida 🙏 tudo que quero ouvi do meu senhor: muito bem servo bom e fiel 🙏
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