sexta-feira, 14 de março de 2025

Você é fã ou seguidor de Jesus?

 


“Depois de atravessarem o mar, chegaram a Genesaré e ali amarraram o barco. Logo que desembarcaram, o povo reconheceu Jesus. Eles percorriam toda aquela região e levavam os doentes em macas, para onde ouviam que ele estava. E aonde quer que ele fosse, povoados, cidades ou campos, levavam os doentes para as praças. Suplicavam-lhe que pudessem pelo menos tocar na borda do seu manto; e todos os que nele tocavam eram curados.” (Marcos 6:53-56).”

O povo buscava por cura, libertação e uma vida fácil, como nos dias de hoje. Por ser Deus e ao mesmo tempo Homem perfeito e sem pecado, ele não adoecia e nem podia morrer, a menos que entregasse sua vida como faria depois na cruz. (João 3:16) Até tocar o seu manto curava, tamanho o poder que emanava daquele Ser. (Mateus 9:18-26)

Atualmente muitos são enganados ao acreditarem que aquelas manifestações de cura e libertação do próprio Jesus possam ser repetidas com hora marcada por homens comuns. Satanás é “mentiroso e pai da mentira” (João 8:44), e mestre em disfarces e imitações. No Éden ele se travestiu de serpente para enganar Eva, numa época quando a serpente não tinha as características que passou a ter após a queda. Ali ela era chamada de “o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito” (Genesis 3:1).

Como tudo no Jardim do Éden era muito novo, Eva nem se espantou ao encontrar um animal falante, numa época quando o diabo ainda não terceirizava para seres humanos o trabalho sujo. Ela ingenuamente correspondeu e foi enganada. Muitos hoje fazem o mesmo quando dão ouvidos a demônios travestidos de espíritos humanos nas sessões de espiritismo ou experiências paranormais, e até mesmo em algumas igrejas neopentecostais acreditando nos falsos profetas, são abundantes nos púlpitos da cristandade, dizendo que pode curar, libertar e liberar bênçãos financeiras, bastando usar as palavras: “eu ordeno, eu profetizo, eu não aceito”

Porém, “o Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Tais ensinamentos vêm de homens hipócritas e mentirosos, que têm a consciência cauterizada por esse mundo... Como Janes e Jambres se opuseram a Moisés, esses também resistem à verdade. A mente deles é depravada; são reprovados na fé.” (1º Timóteo 4:1-2; 2º Timóteo 3:8).

Como saber se alguém é um seguidor genuíno ou fã de Jesus?

Antes de tudo, há uma história que vi em uma das meditações do devocional, de Charles Blondin, famoso equilibrista francês. Sua competência, graça e originalidade na composição de seus atos, fizeram dele um artista muito popular. Em 1855, Blondin foi para os Estados Unidos, e ficou trabalhando em Nova Iorque. Um dia, teve a ideia de fazer a travessia das Cataratas do Niágara, na fronteira com o Canadá. Ele atravessaria sobre o abismo, de 50 m de altura, numa corda bamba, de 340 metros de comprimento. Assim, no dia 30 de junho de 1859, fez a primeira de várias travessias, sempre com diferentes variações teatrais: de olhos vendados, dentro de um saco, empurrando um carrinho de mão, levando um homem nas costas (seu empresário, Harry Colcord), sentando-se no meio da travessia enquanto cozinhava e comia uma omelete e em pé em uma cadeira com apenas uma perna da cadeira na corda.

Contam que um dia ele se virou para o grande público, que incluía repórteres de vários jornais, e lhes perguntou: “Quantos creem que eu posso atravessar essa corda bamba sobre as Cataratas empurrando um carrinho de mão?”

As pessoas aplaudiram ruidosamente. Vendo o que ele já havia feito, tinham certeza de que o grande Blondin poderia fazê-lo.

Então ele perguntou: “Quantos creem que eu posso empurrar um carrinho de mão até o outro lado da corda bamba com uma pessoa dentro dele?”

Houve nova manifestação efusiva da multidão.

Blondin então apontou para um dos homens mais entusiasmados da plateia, e disse: “Tudo bem, o senhor aí; pode entrar no carrinho de mão?”.

Nem é preciso dizer que o homem desapareceu do cenário.

Estrelas da TV e do cinema, jogadores e heróis têm seus fãs. Às vezes, esses fãs assistem ao espetáculo em que seus ídolos se apresentam. Fora isso, nenhum compromisso.

Conhecemos pessoas que são fãs de Jesus, mas nunca elevam seu nível de

compromisso com Ele. Permanecem apenas como fãs. Há muitos que visitam

nossas igrejas e ficam maravilhados, se desdobram em elogios.

“Que ensinamentos bonitos vocês têm! Como seria se mais gente soubesse disso!

Que música inspiradora! Senti-me perto do céu!” “Os anjos estavam cantando

com vocês!” Outros dizem: “Gente, era isso que eu estava precisando.

Eu quero conhecer mais.” “Que peça sensacional, falou fundo comigo no final."

Mas, na hora de decidir, de fazer Jesus o seu Senhor, deixar de ser fã para se tornar seguidor,

muitos nesse momento vacilam. Fãs ou seguidores de Jesus?

O próprio Jesus disse: “Se alguém quiser acompanhar-Me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-Me” (Lucas 9:23).

A primeira fase do ministério de Jesus, na Galiléia, foi um sucesso. Logo que expulsou aquele demônio, na Sinagoga de Cafarnaum, sua fama se espalhou por toda a região. São lugares muito próximos de onde o Senhor fez o Sermão das Bem-Aventuranças, multiplicou os pães, promoveu uma pesca milagrosa, chamou os apóstolos, fez curas, sinais e prodígios. Ele tinha muita fama e muitos fãs. Mas, sua mensagem e missão não se resumia em resolver os problemas do “aqui e agora”. Logo, Cristo percebeu que o Reino de Deus não poderia ser instaurado com admiradores. O fã, no fundo, é um fanático! Eles não queriam um Salvador. Queriam apenas um ídolo humano que resolvesse os problemas econômicos, sociais e políticos daquela região. Jesus tinha uma missão maior que incluía a cruz, o amor, a doação, a salvação do mundo inteiro. Para isso, Ele não escolheu fãs, escolheu seguidores, escolheu discípulos!

Quando Suas palavras começaram a falar de cruz ao invés de luz; de pão da vida ao invés de pão da terra; de renúncia em vez de prosperidade, os fãs foram embora. Ele reuniu seu grupo mais íntimo de amigos, os discípulos, e disse: “Vocês também querem ir embora?”. Pedro tomou a palavra e disse: “A quem iríamos nós, se só Tu tens palavras de vida eterna?”. Acertou em cheio. O verdadeiro discípulo é aquele que vê “para além do horizonte” as palavras de vida eterna, aquelas que Jesus trouxe. Onde estavam os fãs na hora da cruz? Eles desaparecem depois do “show”.

Hoje, infelizmente, também há muitos fãs de “líderes religiosos, de “cantores gospel”, de “livros que se autodenominam como devocional, mas são apenas palavras coach, pra massagear o ego das pessoas. Fãs exigem um milagre, um sucesso instantâneo, uma prosperidade rápida. Fãs são egoístas. Não são discípulos; fãs preferem um show daquele que se denomina “profeta” do que ler a Bíblia completa, preferem um autógrafo do que agradar a Deus. Esses não chegarão aos pés da cruz. Fãs param no caminho, gritam histericamente para seus ídolos como os profetas de baal no tempo do profeta Elias, transformam religião em espetáculo, ou em entretenimento para benefício próprio. Fãs são terrenos e discípulos são servos. Fãs não perdoam, discípulos doam sua vida.

O fã ouve sobre Jesus, mas não o procura. Ele parece hipnotizado pelas coisas que pode conseguir nesta vida. Fã não ler, nem estuda a Bíblia. Se começar a raciocinar já caminha na direção do discipulado, ou vai embora frustrado quando seus desejos não são realizados. Se você é apenas fã, cuidado! Jesus não precisa de fãs, precisa de discípulos!

Nem todo aquele que me diz: “Senhor, Senhor” entrará no reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus. (Mateus 7:21)


Um comentário:

  1. Nossa, que o senhor me guie quero servi-lo, a recompensa não é aqui nessa terra, em busca da coroa da vida. Obrigado irmão por esse artigo, Um despertar. Deus abençoe sua vida 🙏 tudo que quero ouvi do meu senhor: muito bem servo bom e fiel 🙏

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